segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Música e Cérebro

O cérebro todo é ativado quando se ouve música e mesmo que alguma região dele esteja comprometida, com a plasticidade cerebral, o efeito da música continua sendo o mesmo.

De um modo geral, o lado direito do cérebro é que controla a melodia, as notas, o padrão acústico, as sensações e a unidade da música. O lado esquerdo é quem controla o ritmo; mas isso, dizendo de um modo até que grotesco, pois a música é capaz de ativar todas as partes de cérebro.


Quando ouvimos música, no nosso cérebro são ativadas partes como o cerebelo, o córtex órbito-frontal e os neurônios-espelho, que são relacionados às funções sócio-emocionais e de comunicação, como se pode perceber na figura:





Clicando no link abaixo, você será direcionado à página Psiqweb, que contém um artigo sobre "A Música e o Cérebro".

http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=336

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Musicoterapia e Alzheimer



Este vídeo demostra a aplicação de diferentes ritmos utilizados em uma sessão de musicoterapia, onde visa a melhoria das habilidades sócio-cognitivas de idosos portadores de Alzheimer.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Autismo e Musicoterapia


Musicoterapia

Cátia Vanessa Oliveira Ferreira

Autismo e Musicoterapia

A perturbação do espectro do autismo vêm sendo estudada, afincadamente pela ciência, desde há seis décadas. Contudo, ainda existem muitas divergências e questões por resolver, devido à diversidade de características que pode apresentar.
Atualmente, a perturbação do espectro do autismo define-se pela apresentação de alterações em três áreas principais:
1) interação social
2) linguagem usada na comunicação social
3) jogo simbólico ou imaginativo.
Ao aparecerem juntos, estes desvios caracterizam esta perturbação, sendo denominados de Tríade. À Tríade é normalmente atribuída a responsabilidade do padrão de comportamento apresentado pela criança. Porém, além desta Tríade, podem também ocorrer alterações motoras e cognitivas (principalmente nos processos perceptivos sensoriais).
Com o intuito de desenvolver estas competências, emergiram diversas terapias. Todavia, têm-se vindo a denotar dificuldades em motivar as crianças e adolescentes a participar nestas intervenções. Consequentemente, tem-se procurado desenvolver modelos terapêuticos alternativos, que contenham uma vertente mais lúdica e estimulante para os participantes. Um exemplo disto é a Musicoterapia.
A Musicoterapia é uma técnica terapêutica em que o musicoterapeuta utiliza a música e os seus elementos constituintes como ferramenta, com participação ativa ou passiva por parte do utente. Este processo tem como objectivo principal a promoção de mudanças no comportamento (por exemplo na comunicação, relacionamento, mobilização, expressão e aprendizagem) atendendo às necessidades apresentadas pelo utente. Assim sendo, a musicoterapia procura desenvolver potenciais e/ou restaurar funções do individuo para que este alcance uma melhor compreensão de si mesmo e possa adaptar-se mais adequadamente à sociedade que o rodeia.
Música é uma arte e uma ciência para exprimir sentimentos através de sons. Atendendo a esta definição, compreende-se que esta ferramenta tornase muito útil para a intervenção na Tríade que caracteriza a perturbação do espectro do Autismo.
Sendo um meio de expressão não verbal, a música facilita a interação social, através da utilização de instrumentos musicais. O tacto, a forma e o som do instrumento pode fascinar a criança e, desta forma, converter-se num intermediário para o contacto entre terapeuta e utente. Ao longo do processo, a música produzida por ambos pode tornar-se numa fonte para o estabelecimento de outras relações que promovem comportamentos sociais mais adequados.
Numa fase inicial, a terapia pode trabalhar para estimular o desejo de comunicar. Por um lado, pode-se incentivar acomunicação não verbal, acompanhando a criança nas suas expressões habituais. Por outro lado, pode despertar a produção de vocábulos, que ao longo do processo se transformam em palavras e frases. Através do canto, de vocalizações e da prática de um instrumento de sopro, as sessões de musicoterapia podem ajudar a criança a desenvolver todos os mecanismos físicos necessários à linguagem. Além disto, estes métodos facilitam a verbalização de vocábulos próximos a palavras. Numa fase posterior, pode-se utilizar as letras das canções para estimular a estruturação de frases importante para a comunicação no seu quotidiano. Em algumas circunstâncias, a terapia através da música reduz as vocalizações não comunicativas que impedem o progresso durante a aprendizagem da linguagem.
A dificuldade no jogo simbólico ou imaginativo caracteriza-se pela rigidez e inflexibilidade nos comportamentos e pensamentos da criança. A música estimula a improvisação e a criatividade, permitindo que a criança experimente vários sons e os combine de diversas formas. Consequentemente, dá a oportunidade à criança de criar algo novo, tirando-a dos seus comportamentos padronizados. Durante estes processos de criação, a criança adquire uma nova forma de transmitir os seus sentimentos, através do estilo de música que produz. Cabe ao terapeuta observar este processo e valorizar os sentimentos demonstrados pela criança. A escuta de vários estilos musicais e respetiva avaliação do gosto da criança também pode dar-nos informação sobre o estado emocional da criança.
A prática de instrumentos musicais desenvolve a motricidade, podendo-se escolher o instrumentos mais direcionado para o desenvolvimento do ato motor que se pretende desenvolver. Também podem ser elaborados jogos musicais ou danças com o intuito de praticar determinado gesto. Por fim, a musicoterapia estimula o processamento de estímulos sensoriais, ao exercitar simultaneamente todos os sentidos de uma forma harmoniosa e agradável. Desta forma, reduz os comportamentos considerados como patológicos.
Vários estudos demonstram resultados positivos no tratamento do autismo através da musicoterapia, principalmente por esta apresentar a vantagem de ser apreciada pelos participantes. Tal aderência relaciona-se com a valorização da participação do utente, respeitando-se qualquer que seja a sua forma de expressão. Assim, não são cobrados resultados, nem apresentadas pressões que causam tensões no individuo. Pelo contrário, as técnicas usadas promovem o relaxamento e a desinibição que, encarados como a base para a estruturação do restante processo, permitem a intervenção nas necessidades apresentadas.
Em suma, os benefícios da musicoterapia para o autismo incluem:
  • contribuição para o desenvolvimento social;
  • ampliação da interação com o mundo;
  • facilitação da comunicação verbal e não verbal, o contato visual e táctil;
  • facilitação da criatividade; promoção da satisfação emocional;
  • Contribuição para organização do pensamento;
  • diminuição dos movimentos estereotipados;
  • melhora da qualidade de vida do autista e de sua família.
 Fonte: http://www.apeeautismo.org.pt/index.php/terapias/musicoterapia

terça-feira, 15 de abril de 2014

Musicoterapia ajuda jovens com câncer a lidar com tratamento

Musicoterapia ajuda jovens com câncer a lidar com tratamento

Atualizado em  28 de janeiro, 2014 - 09:10 (Brasília) 11:10 GMT
Projeto de pacientes envolvia escrever letras, gravar música e selecionar imagens para fazer um videoclipe.
Jovens que fizeram musicoterapia enquanto recebiam tratamento para câncer mostraram-se mais aptos a tolerar os rigores do tratamento, de acordo com um estudo publicado na revista científica Cancer.
Pesquisadores da Indiana University School of Nursing, em Indianapolis, nos Estados Unidos, acompanharam um grupo de pacientes com idades entre 11 e 24 anos enquanto participavam de um projeto que envolvia escrever letras, gravar música e selecionar imagens para fazer um videoclipe.
A equipe concluiu que os pacientes tornaram-se mais resilientes e melhoraram seus relacionamentos com a família e amigos.
O termo resiliência, nesse contexto, se refere à capacidade dos participantes de se ajustarem positivamente aos estresses e efeitos adversos do tratamento que estavam recebendo.
Segundo o site da American Music Therapy Association, musicoterapia é uma prática terapêutica em que profissionais qualificados usam música para auxiliar indivíduos alidar com questões físicas, emocionais, cognitivas e sociais.

Efeito Positivo

Os participantes foram orientados por musicoterapeutas profissionais. O projeto, que durou três semanas, culminou na produção de videoclipes que, quando prontos, foram compartilhados com amigos e familiares.
Os pesquisadores concluíram que o grupo que participou do projeto de musicoterapia demonstrou mais resiliência e capacidade de suportar o tratamento do que um outro grupo que não recebeu musicoterapia.
Cem dias após o tratamento, o mesmo grupo relatou que a comunicação na família e os relacionamentos com amigos tinham melhorado.
"Esses 'fatores protetores' influenciam a forma como adolescentes e jovens adultos lidam (com o câncer e o rigoroso tratamento), ganham esperança e encontram sentido (para suas vidas) durante a jornada do câncer", disse a líder do estudo, Joan Haase.
"Adolescentes e jovens que são resilientes têm a capacidade de superar sua doença, sentem-se em controle e autoconfiantes pela forma como lidaram com o câncer e mostram um desejo de ajudar o outro".
Entrevistas com os pais dos pacientes revelaram aos pesquisadores que os videoclipes tinham produzido um benefício adicional, oferecendo aos pais uma melhor compreensão sobre como é a experiência de crianças que sofrem de câncer.

Estresse e Ansiedade

Uma das musicoterapeutas envolvidas no estudo, Sheri Robb, explicou por que música pode ter um efeito tão positivo sobre jovens lutando contra o câncer:
"Quando tudo parece incerto, canções que ele conhecem e com as quais se identificam fazem com que se sintam conectados".
Segundo a ONG britânica Cancer Research UK, musicoterapia pode diminuir a ansiedade e melhorar a qualidade de vida de pessoas que sofrem de câncer. A terapia também pode ajudar a aliviar alguns sintomas do câncer e efeitos colaterais do tratamento - mas não pode curar, tratar ou evitar doenças, inclusive o câncer.
Estudos anteriores que investigaram os efeitos da musicoterapia sobre crianças com câncer concluíram que a atividade pode ajudar a diminuir o medo e a angústia, além de melhorar os relacionamentos da criança com a família.
A portavoz de uma entidade que oferece apoio a adolescentes com câncer e suas famílias - o Teenage Cancer Trust - disse que é muito importante incentivar crianças com câncer a se comunicar e cooperar umas com as outras.
"Sabemos que ser tratado ao lado de outros (pacientes) da mesma idade faz uma diferença imensa, especialmente em um ambiente que permita que jovens com câncer ofereçam apoio uns aos outros".

FONTE: BBC Brasil 
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/01/140127_musicoterapia_cancer_mv.shtml

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A musicoterapia e o idoso. Possibilidades de prevenção e tratamento musicoterapêutico.

 A musicoterapia e o idoso. Possibilidades de prevenção e tratamentomusicoterapêutico

Luisiana B. França Passarinii


Para discutirmos as possibilidades do trabalho musicoterapêutico com o idoso, faz-se necessário, inicialmente, fazer um breve e sucinto esclarecimento sobre o que é realmente musicoterapia. Área relativamente pouco conhecida no Brasil, apesar de ter sido introduzida aqui há aproximadamente 35 anos, é uma profissão de nível universitário queconta com cursos de graduação e pós-graduação (lato sensu) espalhados pelo país, sendo que duas graduações e uma pós-graduação são oferecidas na cidade de São Paulo

Como uma das maiores autoridades mundiais no assunto, Rolando Benenzon define a musicoterapia como “... uma psicoterapia não-verbal que utiliza o som, a música e os instrumentos córporo-sonoro-musicais para estabelecer uma relação entre musicoterapeuta e paciente ou grupos de pacientes, permitindo através dela melhorar a qualidade de vida, recuperar e reabilitar o paciente para a sociedade” (2000, pg 26).  

O que fundamenta o trabalho musicoterapêutico do autor é a afirmativa de que cada ser humano possui uma “identidade sonora” (ISO), que o caracteriza. Refere que a partir do momento da concepção o ser humano é rodeado por um conjunto infinito de energias sonoras como vibrações, movimentos, sons e músicas que, atrelados às emoções, sensações, experiências de vida e vivências relacionais do indivíduo, vão “delineando” esta identidade (Benenzon,1998).  As energias sonoras inserem-se em nível inconsciente, pré-consciente e consciente e tendem a movimentar-se. A musicoterapia permite a abertura de canais de comunicação por onde estas energias sonoras se movimentam e são trabalhadas terapeuticamente. Desta forma, o trabalho musicoterapêutico possibilita ao idoso o encontro consigo mesmo através da mobilização e da movimentação de energias internas: “... o idoso é levado a re-vivenciar vários fatos de sua vida; sua memória é ativada, sua história e sua identidade ”re-afirmadas” e as emoções atreladas a estas lembranças são resignificadas” (França Passarini, 2005)

Na atualidade a musicoterapia brasileira é quase que exclusivamente ativa, focada no “fazer musical”, ou seja, paciente e musicoterapeuta tocando juntos, comunicando-se através dos sons, da música, do movimento e de todas as possibilidades do contexto não-verbal. Os atendimentos podem ser realizados individualmente ou em grupo, dependendo da necessidade de cada idoso, que será avaliada pelo musicoterapeuta. As sessões são realizadas de forma que o musicoterapeuta auxilie o paciente a comunicar-se através de seu corpo (dançar, bater palmas, movimentar-se segundo a música), de sua voz (cantar ou emitir sons) e dos instrumentos musicais (segurar, explorar e tocar). Geralmente trabalha-se com instrumentos simples, de fácil manuseio para o paciente, que conseqüentemente facilitem e estimulem sua produção corporo-sonoro-musical. São utilizados tambores, pandeiros, chocalhos, guizos e outros instrumentos de efeito sonoro. Estes instrumentos podem ser substituídos de acordo com a particularidade e a necessidade do paciente em questão, podendo ser utilizados os de sopro (como flautas e gaitas), os de cordas (violão, por exemplo), aqueles feitos pelo próprio paciente e até mesmo o piano (ou teclado eletrônico), levando-se em conta a identificação do idoso com este ou aquele instrumento ou som, seja pela simples apreciação, seja porque ele é ou porque no passado foi instrumentista. Devemos lembrar que o corpo e a voz também são instrumentos musicais importantíssimos no processo musicoterapêutico. 

Através dos movimentos corporais, da dança, do canto e da produção sonoro-musical nos instrumentos o paciente “faz música” junto com o musicoterapeuta, sem ter que se preocupar com a estética musical, ou seja, o canto, a dança, ou a execução do instrumento não tem que obedecer aos padrões estéticos musicais convencionais. Não se espera que o paciente toque um ritmo correto, cante afinado ou realize coreografias elaboradas nas sessões de musicoterapia. O musicoterapeuta tem uma “escuta” diferenciada onde o fator mais relevante é a inter-relação da produção corporo-sonoro-musical do paciente e de seu histórico de vida sonoro-musical, inseridos no contexto terapêutico. Sendo assim, em musicoterapia, o foco não é “ensinar” a cantar ou tocar. Eventualmente algum paciente se interessa tanto pela música que decide aprender um instrumento ou fazer aulas de canto; então ele deve procurar outro profissional, o professor de música para atendê-lo nesta necessidade. A necessidade terapêutica continua por conta do musicoterapeuta. 

O trabalho preventivo em musicoterapia visa à melhora da qualidade de vida do idoso. Na sociedade atual, constituída por valores que muitas vezes priorizam a produção financeira, a rapidez de informação e a jovialidade em detrimento da sabedoria e da experiência de vida, o idoso não raramente sofre preconceitos, é estigmatizado e sente-se limitado e às vezes até inadequado ao meio. Questões sociais e culturais como estas, na maioria das vezes nem percebida pela família e pelo próprio idoso, silenciosamente afetam, entre outros fatores, sua identidade, sua auto-estima, sua autoconfiança e sua autonomia, o que pode gerar dependência excessiva, depressão e outras complicações na saúde física e mental do idoso. O processo musicoterapêutico permite ao idoso, através da criatividade, da livre expressão e da comunicação através dos sons, da música e dos movimentos, resgatar e fortalecer características pessoais e sociais que lhe proporcionem um envelhecimento saudável e com melhor qualidade de vida.
Em contrapartida, o tratamento em musicoterapia busca melhorar e fortalecer a saúde do idoso acometido por alguma patologia. Através da comunicação (que é principalmente não-verbal, ou seja, acontece pelos sons e pela música e não pela palavra falada) o musicoterapeuta auxilia o idoso a transformar, na medida do possível, sua atitude passiva, de “não-resposta”, resultante das patologias, em atitude de indivíduo atuante, que retoma alguns desejos e ações. Aqui podemos citar algumas patologias que podem afetar os idosos como Alzheimer, depressão, demências variadas, doença de Parkinson, deficiências físicas, visuais e auditivas e algumas seqüelas resultantes de lesões cerebrais, entre outros, que contribuem para o isolamento social e familiar, para a perda de controle, de autonomia e perda de desejo do idoso. 

Em seu último livro, intitulado Alucinações Musicais, o neurologista Oliver Sacks dedica alguns capítulos à descrição da importância do tratamento musicoterapêutico para pacientes com Parkinson, com afasia e com Alzheimer. Neste trecho refere-se ao tratamento de pessoas com demência: “... a musicoterapia com esses pacientes é possível porque a percepção, a sensibilidade, a emoção e a memória para a música podem sobreviver até muito tempo depois de todas as outras formas de memória terem desaparecido” e ainda, sobre os objetivos da musicoterapia com estes pacientes: “...atingir as emoções, as faculdades cognitivas, os pensamentos e memórias, o selfsobrevivente desse indivíduo, para estimulá-los e fazê-los aflorar. A intenção é enriquecer e ampliar a existência, dar liberdade, estabilidade, organização e foco” (Sacks, 2007:320). 

Assim, podemos concluir que a musicoterapia tem enorme potencial clínico no resgate e na manutenção da qualidade de vida do idoso, no contexto preventivo e de reabilitação, visto que permite ao ser humano entrar em contato com suas emoções através de algo tão comum na sua vida e tão intensamente profundo, a música e todo o contexto não-verbal que a rodeia.

Bibiliografia
BENENZON, ROLANDO O. Musicoterapia – De la teoría a la práctica. Barcelona: Paidós, 2000.
BENENZON, ROLANDO O. La nueva musicoterapia. Argentina: Lumen, 1998.
FRANÇA PASSARINI, LUISIANA B. A musicoterapia atuando na qualidade de vida do idoso institucionalizado- caminhando pela psicogerontologia - Trabalho apresentado como conclusão do curso de extensão: Psicogerontologia - Fundamentos e Perspectivas  ministrado no COGEAE-PUC pela professora Delia Catullo Goldfarb, 2005.
SACKS, OLIVER. Alucinações musicais –relatos sobre a música e o cérebro. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.